sexta-feira, 29 de junho de 2012

SÍNDROME DE PATAU


  Síndrome de Patau ou Trissomia do 13. Reconhecida em 1960 por Klaus Patau observando um caso de malformações múltiplas em um neonato, sendo trissômico para o cromossomo 13. Tem como causa a não disjunção dos cromossomos durante a anáfase 1 da mitose, gerando gametas com 24 cromátides. Cerca de 20% dos casos resultam de uma translocação não-balanceada.

  A sua incidência foi estimada em cerca de 1 caso para 6000 nascimentos. Aproximadamente 45% dos afetados falecem após 1 mês de vida; 70%, aos 6 meses e somente menos de 5% dos casos sobrevivem mais de 3 anos. A maior sobrevida relatada na literatura foi a de 10 anos de idade.
  Assim como a maioria das outras trissomias, associa-se à idade materna avançada, por estarem mais propícias a ocorrência da não disjunção dos cromossomos. A idade da mãe é superior a 35 anos em 40% dos casos.

  A trissomia tem origem do óvulo feminino, pelo fato da fêmea maturar geralmente apenas um ovócito, em antagonismo com o macho, que matura milhões de espermatozóides. Gametas masculinos portadores de alterações numéricas cromossômicas tem menor viabilidade que gametas normais, sendo mínimas as possibilidades de um gameta masculino com 24 cromátides fecundar um ovócito.



  O fenótipo inclui malformações graves do sistema nervoso central como arrinencefalia. Um retardamento mental acentuado está presente. Em geral há defeitos cardíacos congênitos e defeitos urigenitais incluindo criptorquidia nos meninos, útero bicornado e ovários hipoplásticos nas meninas gerando inviabilidade, e rins policísticos. Com freqüência encontram-se fendas labial e palato fendido, os punhos cerrados e as plantas arqueadas. 
  A fronte é oblíqua, há hipertelorismo ocular e microftalmia bilateral, podendo chegar a anoftalmia, coloboma da íris, olhos são pequenos extremamente afastados ou ausentes. As orelhas são malformadas e baixamente implantadas. As mãos e pés podem mostrar quinto dedo (polidactilia) sobrepondo-se ao terceiro e quarto, como na trissomia do 18. 



Fenda Labial

SÍNDROME DE EDWARDS


  Síndrome de Edwards ou Trissomia do 18. Descrita em 1960 por John H. Edwards, hoje a trissomia do 18 apresenta trissomia regular sem mosaicismo, isto é, cariótipo 47, XX ou XY, +18. Pode haver uma translocação envolvendo todo ou a maior parte do cromossomo 18, capaz de ser original ou herdada de um genitor portador balanceado. 
  A trissomia também pode estar presente na forma de mosaico, com uma expressão variável mas geralmente mais leve. Ainda não se identificou a “região crítica” da trissomia do 18, mas a trissomia parcial de todo o braço longo produz o fenótipo típico da trissomia do 18. A incidência é de cerca de 0,3 por 1000 nascimentos.
  A Trissomia do 18 está associada à idade materna, pois grande parte dos casos são originados de mulheres com mais de 35 anos de idade.


 

Os portadores apresentam retardamento físico e mental, defeitos cardíacos. O crânio é muito alongado na região occipital. O pescoço é curto. O pavilhão das orelhas é dismórfico, com poucos sulcos. A boca é pequena e triangular. Grande distância intermamilar. Os genitais externos são anômalos. O dedo indicador é maior do que os outros e flexionado sobre o dedo médio. Os pés têm as plantas arqueadas. As unhas costumam ser hipoplásticas e atrofiadas.
A morte ocorre em geral antes da primeira infância, aos 3 ou 4 meses de idade, mas pode ser protelada há quase 2 anos. 


Algumas características dos portadores da síndrome de Edwards

quinta-feira, 28 de junho de 2012

SÍNDROME DO MIADO DE GATO(CRI-DU-CHAT)




Síndrome Cri-Du-Chat (Síndrome do Miado de Gato)

   A Síndrome Cri-Du-Chat foi originalmente descrita em 1963 pelo Dr. Lejeune na França. Esta Síndrome recebe esse nome pelo fato de seus portadores possuírem um choro semelhante ao miado agudo de um gato.
   Esta síndrome é uma anomalia cromossômica, causada pela deleção parcial (quebra) do braço curto do cromossomo 5, apresentando um cariótipo 46, XX, 5p- e 46, XY, 5p-. Por isso é também chamada de síndrome 5 p - (menos). A estimativa é que esta síndrome afeta cerca de 1 em 50.000 casos de crianças nascidas no mundo, e 1% dos indivíduos com retardamento mental.
   Esta síndrome na maioria das vezes, não é herdada dos pais, aproximadamente em 85% dos casos resultam de novas deleções esporádicas, enquanto que 5% dos casos se originam secundariamente a uma segregação desigual de uma tranlocação parental. Esses casos são causados pela translocação equilibrada nos cromossomas de um dos pais ( material genético de um cromossoma que se uniu a outro). As pessoas com translocações equilibradas são perfeitamente normais porque nenhum material genético foi perdido, assim sendo, provavelmente não saberão que são portadores até que tenham uma criança afetada com CDC na família.

Cariótipo normal
Cariótipo cri-du-chat


Características do Afetado
  Os afetados se caracterizam por apresentar assimetria facial, com microcefalia (cabeça pequena), má formação da laringe (daí o choro lamentoso parecido com miado de gato), hipertelorismo ocular (aumento da distância entre os olhos), hipotonia (tônus muscular deficiente), fenda palpebral antimongolóide (canto interno dos olhos mais altos do que o externo), pregas epicânticas, orelhas mal formadas e de implantação baixa , dedos longos, prega única na palma das mãos, atrofia dos membros que ocasiona retardamento neuromotor e retardamento mental acentuado.
   As crianças do CDC freqüentemente têm um caminhar desajeitado e parecem inábeis. Com a educação especial precoce e um ambiente de apoio familiar , algumas crianças atingem um nível social e psicomotor de uma criança normal de cerca de 6 anos de idade. As habilidades motoras finas são atrasadas também, embora algumas crianças estejam conseguindo aprender a escrever.
   As crianças com CDC têm dificuldade no treinamento do controle de suas necessidades fisiológicas.
   Muitos bebês e crianças com CDC têm um sono agitado, mas isto melhora com idade. Muitas crianças com CDC podem ter problemas de comportamento. Eles podem ser hiperativos, balançam muito a cabeça , podem até dar mordidas ou se beliscarem. Alguns desenvolvem obsessões com determinados objetos. Muitos têm um fascínio por cabelo e não podem resistir a puxá-lo. 

•  É fundamental deixar claro que nem todas as pessoas com CDC terão todas estas características. 



Fontes:
Genética Medica, volume 1, citogenética humana, segunda edição, capitulo 5, editora EDART
BURNS, G. W.; BOTTINO, P. J. Genética . 6 ed. Rio de Janeiro: Afiliada,1991. 381p.
Jones KL (1998). Padrões Reconhecíveis de Malformações Congênitas. 1ª edição brasileira Editora Manole Ltda. São Paulo, SP, Brasil. p 44.

terça-feira, 26 de junho de 2012

SÍNDROME DE SPOAN



Doença degenerativa é descoberta no RN


  Síndrome de Spoan, como foi denominada por pesquisadores, atinge os moradores de Serrinha dos Pintos.

  Uma doença misteriosa atinge, há cerca de 200 anos, os moradores de Serrinha dos Pintos, no sertão do Rio Grande do Norte. Alguns bebês nascem com os "olhos tremidos" -não conseguem fixar o olhar em um ponto. Por volta dos sete anos, essas crianças começam a perder o movimento das pernas. Na adolescência, a paralisia chega aos braços.
Tudo começou, segundo dizem na região, com o velho Maximiniano, que chegara a Serrinha para casar com a filha de Pedro Queiroz: dona Antônia. Mulherengo, contraíra sífilis. Não bastasse isso, assim que se viu viúvo, casou com uma sobrinha de Antônia. Desde então, a tal sífilis se instalara no sangue da família, que cresceu e virou uma cidade onde todos são, em maior ou menor grau, parentes.
Recém-descoberta por pesquisadores do Centro de Estudos do Genoma Humano e do Hospital das Clínicas da USP (Universidade de São Paulo), a doença ganhou um nome científico: Spoan -sigla em inglês que significa paralisia rígida, atrofia ótica e morte do tecido nervoso periférico.
A síndrome foi descrita na edição de maio da revista "Annals of Neurology", publicação da associação americana de neurologia.
Na região de Serrinha, foram identificados 26 casos da doença, sendo 22 na própria cidade. Ainda não há registros em nenhum outro lugar do mundo, embora cientistas da Holanda e da Bélgica tenham procurado os pesquisadores para relatar outros casos.
De acordo com Mayana Zatz, coordenadora do estudo, a síndrome é causada por um gene defeituoso, resultado de uma mutação. Por não ser um gene dominante, ele pode ficar ao lado de um gene saudável e passar despercebido por várias gerações. Entretanto, quando alguém recebe tanto do pai como da mãe o gene alterado, a síndrome aparece.
Como em Serrinha o casamento entre parentes é bastante comum, a chance de dois portadores da mutação se casarem e terem um filho com Spoan é muito grande.
Na cidade de cerca de 4.000 habitantes, estima-se que uma em cada nove pessoas possua o gene causador da síndrome. Com a pesquisa, já é possível identificar os portadores. "A idéia é voltar à cidade, ver quem quer fazer o teste e avisar os casais que podem ter filhos com a doença", afirma Zatz.
A síndrome ainda não tem cura. Encarregada de encontrar o local exato do gene, a bióloga Lúcia Inês Macedo Souza afirma que ainda é preciso descobrir de que modo essa alteração genética leva à morte do nervo motor, que, por sua vez, gera a paralisia. O estudo é financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

                                                                    Origem
Acusado como o causador da doença, o fato é que o velho Maximiniano pouco tem a ver com a história. Por meio de uma árvore genealógica, que registra a incidência da doença em cada núcleo familiar da cidade, a bióloga Silvana Santos constatou que o problema começou no casamento de Pedro Queiroz e Maria Alexandrina, pais da mulher de Maximiniano e, provavelmente, descendentes de holandeses. O casal teve três filhos, que tinham o gene defeituoso. Quando seus netos e bisnetos começaram a casar entre si, a doença apareceu.
A influência da provável sífilis de Maximiniano? Nenhuma. "Entre os séculos 16 e 19, havia a idéia de que a sífilis estava ligada a males hereditários", conta Silvana.
Cidade tem 26% da população com deficiência
Serrinha dos Pintos está entre as 50 cidades brasileiras com maior proporção de deficientes físicos entre seus habitantes, de acordo com o estudo Retratos da Deficiência no Brasil -primeira publicação a reunir informações de vários setores relacionadas aos portadores de deficiência. A pesquisa foi elaborada pela Fundação Getúlio Vargas a partir de dados do Censo 2000, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O estudo divide os municípios em dois rankings: o de "pessoas com deficiência", categoria na qual é incluído quem possui alguma dificuldade de visão ou audição, por exemplo, e o de "pessoas perceptoras de incapacidade", restrito àqueles que se declaram totalmente incapazes de andar, enxergar ou ouvir, por exemplo.
Em ambos, Serrinha dos Pintos possui índices muito acima dos encontrados no resto do país. A cidade está em 13º lugar na lista de cidades com maior proporção de deficientes -29,23% da população possui alguma deficiência. Isso significa que, entre seus 4.295 moradores, havia 1.255 com algum tipo de deficiência em 2000.
O índice é quase o dobro da média nacional, de 14,5% -o que representava 24,6 milhões de pessoas no último censo.

                                                          Cenário estadual
No segundo ranking, que aborda os casos mais graves, Serrinha dos Pintos está na 19ª posição: 5,79% da população (cerca de 250 pessoas) se diz portadora de alguma deficiência física ou mental que a torna incapaz. O índice nacional é de 2,51%.
Ainda de acordo com o trabalho, o Rio Grande do Norte, onde Serrinha dos Pintos está localizada, é o segundo Estado com a maior proporção de deficientes físicos. Lá, esse índice é de 17,64%.
Na Paraíba, primeiro lugar no ranking estadual, 18,76% dos habitantes tem alguma deficiência. São Paulo aparece na última posição, com 11,35% da população.

                                                         Moradores se unem
A descoberta da síndrome de Spoan levou à mobilização dos moradores de Serrinha. Há cerca de 15 meses, eles criaram uma associação para defender os interesses dos deficientes físicos; hoje, a entidade conta com 150 sócios.
A primeira conquista foi, por meio de doações, a aquisição de seis cadeiras para banho. Um dos objetivos, agora, é conseguir cadeiras de rodas -pelo menos 35 pessoas precisam imediatamente do equipamento, segundo Elenara Maria de Queiroz Moura, 35, mãe de uma menina que tem a síndrome e integra a associação.
Na falta de cadeiras adequadas, muitas famílias improvisam, anexando rodinhas a cadeiras de varanda. Muitos, porém, passam parte do dia encostados em um canto da casa, conta a pesquisadora Silvana Santos. A posição incorreta acarreta problemas de postura e deformações físicas.
Outro problema sério enfrentado pelos moradores é a falta de assistência médica. A cidade conta apenas com uma unidade de saúde, que só funciona parcialmente.
Quando percebeu que a filha não estava se desenvolvendo normalmente, Elenara, que é casada com um primo, começou uma peregrinação pela região. "Ela tinha sete meses e ainda não sentava sozinha, levei a uma fisioterapeuta da cidade vizinha, ela me encaminhou para um neurologista em outra cidade, que mandou fazer uma tomografia, mas ninguém conhecia a doença", conta.
"Temos um município pequeno e condições muito precárias. Hospital só em Martins, uma cidade vizinha", conta a assistente social Danielli Queiroz, 23, da Secretaria Municipal de Assistência Social.

                                    Bióloga chegou à doença por meio de vizinha
Ao se mudar para o Parque Ipê, na zona oeste de São Paulo, a bióloga Silvana Santos entrava, sem saber, em um reduto potiguar. Em busca de melhores condições de vida, moradores de Serrinha dos Pintos migraram para a capital paulista e fizeram do local uma pequena continuação de sua terra natal.
Foi entre eles que Silvana conheceu Zilândia Queiroz -a amizade entre ambas deu origem a toda a pesquisa que levou à descoberta da síndrome.
Em uma cadeira de rodas, com "olhar tremido" e fala um pouco lenta, a jovem, com 28 anos, conta que em sua cidade era comum encontrar pessoas com esses sintomas. "Minha mãe fala que, quando eu tinha um ano, caía muito. Com sete, comecei a parar de andar", lembra. O primeiro diagnóstico apontou paralisia cerebral, hipótese depois descartada.
Levada à AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), caminhou com andador até os 12 anos. Mas, quando a mãe engravidou novamente, a fisioterapia foi interrompida. "Íamos para a AACD de ônibus, eu no colo dela. Com a gravidez, não dava mais."
Com o tempo, a escoliose se acentuou, levando Zilândia a pender o corpo para o lado esquerdo e a cabeça para baixo. Os braços começaram a perder as forças. As mãos tendem a fechar e os pés, a se apoiarem apenas sobre os dedos.
Em 2001, Silvana decidiu conhecer Serrinha dos Pintos com a família. Voltou com a sensação de que algo novo acontecia na região. (AL)

SÍNDROME DE TURNER





     A síndrome de Turner é bastante rara e ao contrário da síndrome de Klinefelter afeta apenas indivíduos de sexo feminino e não possui cromatina sexual, são monossomicos, ou seja, em exames de seu cariótipo revelou a presença de 45 cromossomos, sendo que do par dos sexuais há apenas um X. Sendo seu cariótipo representado por 45,X.
    A ST ocorre em apenas 1 mulhere entre 3.000 nascimentos, devido ao grande número de abortos que chega ao índice de 90-97,5%).
    O surgimento da sindrome pode surgir quando esta ausente o cromossomo x paterno no espermatozóide.
   As meninas com esta Síndrome são identificadas ao nascimento, ou antes, da puberdade por suas características fenotípicas distintivas. A constituição cromossômica mais freqüente é 45, X sem um segundo cromossomo sexual, X ou Y.
                                                                          Característica do Portador
   Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, não mais que 150 cm; linha posterior de implantação dos cabelos baixa (na nuca) ; pescoço alado; retardamento mental; genitálias permanecem juvenis; ovários são atrofiados e desprovidos de folículos, portanto, essas mulheres não procriam, exceto em poucos casos relatados de Turner férteis; devido à deficiência de estrógenos (hormônio feminino) elas não desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade, sendo, portanto, identificadas facilmente pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas não menstruam (isto é, tem amenorréia primária); grandes lábios despigmentados; pêlos pubianos reduzidos ou ausentes; desenvolvimento pequeno e amplamente espaçados da mamas ou mamas ausentes; pelve andróide, isto é, masculinizada; pele frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe dá aparência senil; unhas estreitas; tórax largo em forma de barril; anomalias renais, cardiovasculares e ósseas No recém nascido, há freqüentemente edemas nas mãos e no dorso dos pés, que leva a suspeitar de anomalia.
Não exibem desvios de personalidade, ou seja, sua identificação psicossocial não é afetada.

Linha posterior de implantação dos cabelos baixa (na nuca)

Pêlos pubianos reduzidos ou ausentes
Baixa estatura

Pescoço alado
                                                                    Tratamento

    Em decorrência da disgenesia ovariana, a única fonte de estrógeno para essas pessoas são as supra-renais; como a taxa desses hormônios é baixa, as pacientes devem receber aplicações de estrógenos para estimular o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e o aparecimento da menstruação.                 Usualmente esse tratamento tem início aos 16 anos para evitar que os estrógenos aplicados retardem ainda mais o crescimento.

sábado, 23 de junho de 2012

SÍNDROME DE KLINEFELTER




    



      A Síndrome de Klinefelter 47, XXY, diz respeito à presença de um cromossomo X a mais no homem.   Essa síndrome foi descrita corretamente pela primeira vez em 1942, por um médico chamado Harry Klinefelter. Antes disso, essa doença já era observada e sabia-se que o portador tinha 47 cromossomos.
      Essa doença é muito comum na espécie humana e ocorre em 1 a cada 500 meninos nascidos. Muitos indivíduos apresentam a condição, mas levam uma vida normal, sem saberem que são portadores.
  


  Os principais sintomas associados à doença são:
- Tamanho reduzido dos testículos
- Braços mais longos do que o normal
-Ginecomastia – desenvolvimento de seios em meninos
- Infertilidade
- Retardo mental (o grau varia entre os portadores)
- Hipogonadismo puberal
- Estatura elevada
- Escassez de barba
- Distribuição feminina de pêlos pubianos
- Problemas sociais e de aprendizagem.


  A doença pode ser diagnosticada através de estudos do cariótipo. O indivíduo portador apresenta dois cromossomos X e um cromossomo Y. É verificada a presença de cromatina sexual.
   A preparação do cariótipo é feita de seguinte forma: Uma amostra de sangue é retirada do portador e passa por vários processos de preparo, onde seus cromossomos são condensados e corados. Após isso é retirada uma fotografia através de um microscópio eletrônico e impressa. Os cromossomos são montados como um quebra-cabeça, de acordo com suas semelhanças.

  O tratamento dessa doença é feita com a utilização de testosterona. Os indivíduos portadores podem possuir problemas com a produção desse hormônio, que pode ser reduzida. Na puberdade ele é muito importante para a determinação das características sexuais secundárias desses meninos. Esse tratamento com testosterona deve ser controlado periodicamente.

  Os meninos portadores dessa síndrome possuem alguns problemas comportamentais, relacionados à sua baixa auto-estima, carência, frustração, etc. Tendem a ser pessoas mais reservadas, com dificuldade de concentração e baixo nível de atividade.
Indivíduos tratados com testosterona têm uma significativa melhora desse quadro comportamental, além de um melhor desenvolvimento das características sexuais secundárias. Homens podem ter uma vida sexual normal, com ereção e ejaculação, mas são inférteis.